terça-feira, 5 de janeiro de 2010

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Encosto os meus dedos a janela. Do outro lado está uma rigorosa noite de Inverno em que a chuva cai de forma violenta, em que as nuvens embatem umas nas outras originando sonoros trovões juntamente com assustadores relâmpagos. Não está um tempo minimamente aprazível lá fora. Mas para nós isso não faz qualquer diferença. Estamos ambos lançados na minha cama de corpo e meio e hoje sei perfeitamente que me da um imenso prazer ficar a observar-te enquanto dormes. Combinamos que esta seria a nossa última noite juntos. Amanha de manha partirei bem cedo rumo ao horizonte, rumo ao desconhecido. Sabes, incontestavelmente, que esta é a viagem da minha vida e não posso, de forma alguma, deixar passar esta oportunidade. Pedi-te que viesses comigo mas simplesmente me respondeste que não podes deixar a tua vida aqui. E eu? És assim tão capaz de me abandonar? Tudo o que vivemos não fez qualquer sentido para ti? Não, eu não acredito que tudo isto tenha sido em vão. Estes últimos tempos foram tão intensos que é impossível que eles te tenham passado ao lado. Eu sei que tu não és tão insensível assim.

1 comentário:

  1. Olha o teu corrector preferido :P
    Opah nao te podes ir embora e pedir que ele deixe tudo para tras em função de ti, tens de te preocupar tb com ele e nao decidir sozinha(o)?!Daqui para a frente as decisoes tem de ser tomadas em conjunto! =)

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Obrigada :)